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sábado, 12 de dezembro de 2009

e o vento soprou...mata machado pro norte


E o vento soprou. Atendeu o pedido do post anterior.... Era abertura da II Conferência Estadual de Cultural. Sentada na platéia, vibrei de surpresa, alegria e contentamento quando anunciaram Bernardo da Mata Machado para a composição da mesa. Cá no Norte, reencontro o memóravel professor de políticas culturais quando do meu curso de Gestão Cultural em "belizonte". E baixinho disse a Carol "caramba, que bacana ele aqui! É conhecedor de causa da área cultural, de uma sensibilidade incrível... você vai conferir a leveza de sua fala". E quando ele começou a pontuar sobre a Carta Maior eu cochichei de novo com Carol "foi ele quem me despertou para os direitos culturais. Num trabalho de sua disciplina, ele pediu para elencar todos os artigos da Constituição Federal que referissem à cultura, um pouco do que ele está falando aí." E naquele momento, foi um misto de lembranças. Como seu eu refletisse e rediscutisse o tempo curto de 2006 quando de sua disciplina lá na UNA. Curioso é que no entremeio de sua fala, pincelou a síntese de "na palma dos olhos", uma capital em construção de sua identidade. Mais pontual do que nos dizeres registrados no primeiro post, ele esclareceu "situada no norte, mas também no centro-oeste, em divisa com nordeste, essa riqueza de diversidade cultural". E dessa vez, não disse nada a Carol, um piscar de olhos e um suspiro foram o bastante para dizermos em silêncio "estamos no caminho certo. Existem militantes da cultura que entenderão nosso recado, certamente". Mal pude esperar. No breve intervalo do café, o procuramos. E como foi gostoso papear um pouco sobre os caminhos seguidos. Em gestação! E Carol o conheceu. E ele a conheceu também como ex-dançarina do grupo 1. Ato, linguagem de dança que muito lhe apraz pela teatralidade, ele nos revelou. E falamos sobre o "na palma dos olhos", também do Prêmio Myrian Muniz para a montagem do espetáculo teatral "sol nos olhos". E ele nos animou suas palavras sábias, com seu ânimo e sensibilidade de artista, porque no teatro também já atuou. Carol centrada nos nossos projetos em andamento. Eu, submersa num misto de euforia, permeava os projetos em andamento da "tresmaria" com projetos-pesquisas-minhas que me possibilitaram formar um pensamento para chegar até aqui. E veio Raul Belém Machado e a cenotécnica; Hamilton Faria e as políticas culturais e a "ausculta"; Humberto Cunha e os direitos culturais. Bernardo foi um dos grandes responsáveis pela publicação do livro "Raul Belém Machado – O arquiteto da cena" . ::::::::::::::::::: E cá na "terrinha do sol", num lugar e momento que nunca, jamais imaginava reencontrá-lo, conversamos no intervalo de um café. Um café cultural, para além da discussão de políticos "enternados". Um reencontro, cujos protagonistas, comungavam de idéias e impressões afins. Ele, o mestre-maior que um dia doou conhecimento, agora, nos infla de coragem para esse intento que a FUNARTE nos delegou. Os prêmios Klauss Vianna e Myrian Muniz não são para a"tresmaria", mas para a capital que ora se constitui, para o nosso Brasil que ainda se constrói. Mas os parcos minutos do café que possibilitaram ânimo bom às duas mineirinhas, não foram o suficiente para pontuar que os "tresmarianos", nas aulas ministradas aos pequeninos palmenses ao longo de 2009, tentaram o despertar de que a formação artística não é instantânea. Ora, recordo-me de ele dizer, naquela época que "há tempos no Brasil, não se fala em escolas de arte e sim, de oficinas. Sabe-se que a formação artística não é de um dia para o outro. É preciso anos e anos de investimento. Estudo. Existe um discurso que engana, que é o das oficinas. Estas, além de movimentação financeira, servem para formação de recursos humanos, são válidas para despertar sensibilidade, integração. Para formar artistas, precisa-se de Escolas de Artes. Investimento a longo prazo". E aqui, agora, ainda é cristalizada, a idéia de que montar um espetáculo teatral ou de dança, basta ter boa vontade. Se é dirigido pelo fulano diplomado pelo curso à distância da "Porteira do Cerrado", é de excelência artística. Merece ser patrocinado.

Um comentário:

  1. Gostaria de ter estado lá!!! Talvez conversas com maestria ajudem e me estimulem. Deveria ter ido.

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