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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

mercado

E ontem foi dia de reuniões. O retrato da política cultural brasileira! trabalho de grãos para despertar o que muitos sabem e fingem não saber - que hoje não mais se fala em favoritismo, ajuda, e sim, em parcerias. A grande aposta no mercado cultural é a criatividade, são os bens simbólicos. Muitos empresários não conseguem mensurar o "lucro" que um bem cultural possa gerar e por isso, repetem a milenar frase sem força, voz, cor: "não, não podemos ajudar". Mas eu não canso. Respiro, repito para o mais breve, poderem acordar: "Não estamos pedindo ajuda. Em absoluto, não! Nosso trabalho possibilita uma parceria de mão dupla. Certamente, há uma contrapartida que de repente, tem a haver com a política, com o perfil de vocês. Só gostaríamos de conversar a respeito". Parceria que, para os capazes de enxergar a cultura para além de um puro entretentimento, desperta a criatividade, a auto-estima e oportuniza escolhas para um povo. Sementes para a formação de público, pensamento crítico. Pessoas assim é que o nosso "brasil varonil" necessita. E não meros artesãos que se intitulam artistas-maiores e tentam a todo custo monopolizar o mercado cultural, estampando cores, telas, letras em todas as Instituições de algum lugar... é assim o Brasil, de onde eu vim. Aonde eu fui parar. Mas aonde eu vim parar, conversei com alguns mentores da UFT e muito animada e encantada saí de lá. Cabeças pensantes que sabem, respiram e vivem a realidade de agora, o que muitos chamam de transversalidade. Ainda na espera da reunião, fomos recepcionados (João, Marco Túlio, eu) por boa conversa com Diane, que falava espontaneamente de arquitetura, música, teatro. E depois, conversar com Expedito, Marluce, me possibilitou arejar a mente, oxigenar o cérebro de ares bons. Profissionais que antes de arrotarem o próprio saber na defensiva, como muitos fazem, ficam na ausculta e permitem que uma reunão formal, se transforme numa "roda de prosa" a discutir políticas culturais-educacionais. E aonde eu vim parar, me traz surpresas boas. Mas é preciso desbravar, caminhar, suar.... esperar. Silenciar, até que o universo conspire a favor e nos sopre até aqueles com pensamentos afins.

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