...

Conversas, cotidiano, artes, fazedors de artes, cultura, cidadania, são temáticas imbricadas no nosso caminhar e, por isso, passarão por aqui. Aberto a contribuição de todas as pessoas sintonizadas conosco... sejam bem-vindos!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

alicerce em construção


Paolla Costa
- --------- -

Ana Kanitz
- -------------- -

Hellen Souza
- ------------

As meninas que brilham o olhar quando se falam em artes, cultura. Cheias de idéias novas, oxigenam reuniões. Prontas para toda obra, elas fazem, refazem, se esmeram e aprimoram seus talentos. Atuam no palco, nos bastidores. Sempre com sorriso nos lábios. Ana, a mais pronta para propor idéias e deixar que tudo fique esmiuçado nos mínimos detalhes. Paolla, sempre serena, calada, à espreita. Nunca é do contra, analisa, reflete e faz. É daquelas que tudo está bom, tudo pode melhorar, sempre é possivel inovar, experimentando. Hellen, com ânimo e alegria pra compartilhar com todos e fazer com que todos se conheçam, se encontrem através do conhecimento. "Ser essência" é sua filosofia. E a "trindade teatral" que se fortaleceu no Projeto SESC Dramaturgia, reluz em vários cantos das artes palmenses. Cada qual, nos seus afazeres, nos seus objetos de estudos, na sua tribo, fortalecem seus grupos. No NA PALMA DOS OLHOS, elas sempre prontas e dispostas. Sem "frescuras" para enfrentar o calor brabo e colar cartazes ou entregar com carinho os panfletos para a multidão. E ontem, de manhã, quando íamos ao SESC, eu, João e Caio, conversando sobre o primeiro passo do João na UFT, ele comentou que ao dizer para sua turma sobre o espetáculo, teve a surpresa boa de saber que pras bandas daquele campus universitário a divulgação estava bacana. Muitos já estavam informados sobre o espetáculo. "A divulgação lá tá boa", ele disse. Certamente, por trás dessa ação, estavam os "dedinhos" da Trindade Teatral! Que não mede esforços para a acompanhar as ditas "produções independentes". Artísticas! Uma arquiteta e duas comunicólogas. Três alicerces em formação e com maturidade profissional. Do SESC Dramaturgia a "alumiar" a capital. Tocantinense!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

relato

O ponteiro avança as 9 horas da manhã. E chuva forte cai para refrescar o cimento. Caio Brettas e seus equipamentos cinematográficos vão até o SESC registrar Luiz Melchiades. E emails são recebidos. Letrinhas de ânimo, carinho, curiosidade para o que se estréia. De Gurupi, Déborah Cruz, que gostou muito do VT e está louca para assitir. De Formoso do Araguaia, o professor Josa Aguiar, da Fundação Cultural, Educacional e Esportiva organiza um grupo de pessoas para virem assistir ao espetáculo. Por trás desta iniciativa, está Hananias que carinhosamente, nos auxilia na divulgação. Intercâmbio de artistas do estado esquecido por muitos, o Tocantins, ele promove. De Palmas, o ator Thiago, que compõe o elenco da Torre Negra, deseja boas vibrações. E Hellen Souza faz publicar letrinhas nos jornais locais, convidando a todos para compor o grande elemento das artes cênicas - a platéia! Paolla Costa perde a caminhada ao chegar na sala de ensaios para pegar mais cartazes. E a noite termina com ensaio....que acontecem sem o diretor. Já é o segundo dia. E mesmo invisível, o bailarino-diretor preenche. O espaço...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

com tinta e spray


E os cartazes não são simplesmente peças gráficas. São obras. De arte. Por (((alone))). Feitos com esmero. A cada papel, uma cor. Tinta. Spray. A cada detalhe, um pensamento, idéia. Nova era! Outros tons, formas. De uma arte, se faz outra. Expõe...arte! de rua, na rua... Convite. E o lado desconhecido das coisas se mostra ao espectador. Diferente das produções em série, cada cartaz é único. É só. Não se repete, não se copia. Só se inspira. E por ser arte "pura" foge ao apelo midiático. Começa a ser "enraizado" nos postes, muros, bancadas de recepção, painéis de escolas, portões...num tempo diferente da agressividade e dos atropelos da "mídia industrial". Na calmaria do autor. Em tempo para a reflexão. A terceira arte que se agrega a PALMA do enxergar. E tem sua cara própria. Bruta! Singular... Tem sua fortaleza pela autenticidade. Criativa. E nele, a mistura. Moldura do nome, do corpo, dos apostadores. No nome, um olhar. Urbano! Olhar atento de quem se fez presente nos primeiros momentos de ensaio... acompanhou os primeiros passos, o crescendo, as agruras. A espera! Do parto. E começam a vagar nas ruas, o olhar de (((alone))), cujas mãos "esculpem" o material. Cúbico!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

e-flyer do espetáculo


Por Carolina Galgane enviado através de email em 21/02/2010



"Olá Pessoal;

Gostaria de convidá-los a assistirem ao espetáculo de dança contemporânea "Na Palma dos Olhos", que estréia 11 e fica em cartaz até o dia 14 de março no teatro do SESC em Palmas às 20H. Já adianto que os convites para o primeiro dia (11 de março) estão esgotando !
Temos também uma excelente notícia: no dia 13 de março está confirmado a presença da Crítica de Arte do jornal Estado de São Paulo, Helena Katz, convidada especialmente para assistir o espetáculo.

"Helena Katz conjuga sua atuação no jornalismo cultural e no campo das políticas públicas com atividades acadêmicas, é professora no Curso Comunicação das Artes do Corpo e no Programa em Comunicação e Semiótica., na PUC-SP, onde concluiu o doutorado (1994) com a tese Um, Dois, Três. A Dança é o Pensamento do Corpo, publicada em 2005. Além de crítica de arte do Jornal O Estado de São Paulo." (Currículo Lattes,2010)

Vocês não podem perder !! Ajude-mos a divulgar!!

A compra de ingressos pode ser feita no próprio local (teatro do SESC), na Maré Surf (Shopping Palmas), Galeria Café Magenta e com a equipe do espetáculo;
Hellen Souza-Centro de Idiomas:(63)32328189,Celular (63)8457-8324/8124-6393;Brenno Jadvas: (63)84240663; Eliene Rodrigues:(63)84338976;João Vicente: (63) 84585002; Carolina Galgane: (63) 84585004; Ana Kanitz e Paolla Cristiane.

Abraços
Carolina Galgane
Coordenação Geral
"Na Palma dos Olhos"
63-84585004
63-32162614
skype: cgalgane"

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

o corpo se apagou

Noite. Quarta-feira de cinzas. Término do ensaio. Saída do Teatro Montenegro. Entrada na sala dos professores do Centro de Criatividade. "Nossa, que flores lindas!" exclama Carol para o porteiro que nos acompanhara desde a entrada do Espaço Cultural até a sala. "Ué, alguém morreu?" ela continua, ao verificar melhor a "embalagem" das flores. "São para o Arnaud Rodrigues. Vocês não sabiam? Não acompanham aos noticiários, não?". João se aproxima carregando o restante da "parafernália" utilizada nos ensaios. Ouve a notícia. Brenno comenta algumas palavras. Silêncio abissal. _____________________________________________________________________________________ Em 2009 o mundo da dança e do teatro derramaram lágrimas com a passagem de Pina Baush e Augusto Boal. Agora, já no início de 2010, o Brasil envia para outras dimensões Pena Branca e Arnaud Rodrigues. Este iluminou por muitos anos a "terrinha do sol" quando resolveu abandonar as telinhas televisivas e radicar-se para o Tocantins. Inúmeras vezes o avistei nalguns locais públicos daqui. E sempre que o via, à minha mente, ressoava aquilo que quando criança eu escutava dos mais velhos, quando na frente da TV seu rosto surgia: "ah! pra mim, o papel mais engraçado dele é o Soró de Pão,Pão, Beijo, Beijo. Não tem igual, não tem". Anteontem o seu "invólucro-luz" no plano material se apagou. A olhos nus, ele se foi. Mas continua brilhando em tudo aquilo que semeou. Em Palmas, no Brasil. Curioso é que quando os artistas mudam de plano, instantaneamente a mídia os torna reconhecidos. E lhes dão espaço, primeira página nos jornais. E vangloriam o esforço sacrificado que nem sempre foi visto no momento do suor derramado. E quando transfiguram, ganham espaços de homenagem. Tornam-se imortais, aprisionados nas lembranças materiais, na história de um tempo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

por confraria da pimenta...

...o que hoje li, achei interessante e digno de reflexão. Retirado do blog "confraria da pimenta" e transplantado prá cá...para quem sabe, tais dizeres vinguem e gerem bons frutos.

"CUIDE BEM DO SEU AMOR - Herbert Viana
Cirurgia de lipoaspiração?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão.O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.Gordura é pecado mortal.Ruga é contravenção.Roubar pode, envelhecer não.Estria é caso de polícia.Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem, imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal mas... Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

" Cuide bem do seu amor, seja ele quem for "

12/02/2010 por Confraria da Pimenta

domingo, 14 de fevereiro de 2010

retirado do baú novo...

...início de uma brincadeira de entrevista que aconteceu mês passado entre mim e João e que fora interrompida pelo adiantado das horas que apitavam ser a hora das reuniões em busca de parceira. Período de pré-produção.

O que você gostaria de falar sobre o espetáculo, João?
Que o espetáculo, fora (além) das impressões, não tem a pretensão nenhuma de ser completo, no sentido de fechar um ponto de vista com relação a cidade. Pelo contrário, eu deixo o convite ao público, que ao ver, possa criar conexões com a realidade de cada um (que assistir). A possibilidade de criar dentro do espetáculo, um novo universo, pessoal, correspondente à experiência individual. O espetáculo é mais uma possibilidade, mais um olhar...

Nas suas impressões daqui, você diz das pessoas vindas dos vários lugares. Tem em evidência, em específico, alguma característica de algum Estado, região?
Sim, o Nordeste. Eu vejo muito forte a questão do nordestino aqui em Palmas. Na culinárina, muito forte. O rosto das pessoas. A própria moda, o clima.

Isso do Nordeste em cena, você exalta, mesmo nas entrelinhas?
Eu acho que tem uma parte do espetáculo, na cena que tem o churrasquinho... esta parte, quer queira, quer não, leva (remete) para o universo nordestino, pela questão da música e do ritmo que está sendo dançado. Eu também acho que o goiano é muito forte na influência musical de Palmas.

O que mais te impressionou quando você chegou aqui?
A geografia do lugar. Como eu vim de BH, e por lá não ser muito plana e dar acesso ao campo de visão muito amplo, isso aqui me chamou atenção de cara.
________________________________
E como em toda e qualquer criação, a entrevista fica inacabada. Porque inacabados somos nós...e o girar do tempo é que quem cria as novas perguntas e respostas. Registradas no "posteriori". Breve!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

pra não escorrer pelas palmas!

Manhã de sábado. De carnaval. Ensaio. No "Fernanda Montenegro". Cubos de papelão com tintas coloridas. Velas novas. Figurino. Novo integrante da platéia! O pré-adolescente de 10 anos, irmão de Rodolfo, que ao término do ensaio, conversou com Carol sobre e deixou bem claro que o espetáculo é intelegível para qualquer criança. Erros de movimentação corporal da integrante do grupo que tem profissão "distante milhas" dos palcos da dança. Atuação que escancara o comum de Palmas: as pessoas atuarem em funções outras que não são as da sua formação, alçada e competência! A palmatória para novos aprendizados. O desafio de ultrapassar limites. O experimentar de novos gostos. Nos bastidores, a exigência acirrada de toda produção artística. E caem os véus! As carências surgem. Os papéis se definem. Renovam. A equipe que se refaz. E o Rodolfo registra a "aura corporal" dançante do diretor maior. Sintonia dos olhos de "na palma" com os olhos de quem vê. Além! A "sutil agilidade" das lentes capazes de materializar em formas e cores os "voos" no palco. E surgem belíssimas fotos. Centenas em apenas 45 minutos. E enchem de brilho os olhos do grupo, aquelas do homem de camisa verde que no seu solo, faz uma verdadeira chuva. De leves respingos de suor. Invisível à platéia. Um novo trio entra no teatro. Para o auxílio na produção. Ana, Paolla e Hellen trazem idéias boas. Recepcionam a chegada dos primeiros impressos do material de divulgação trazidos por (((alone))). E levam pra casa, ingressos...e deixam o ânimo bom. Aposta de uma equipe que se forma. E das marchinhas carnavalescas não temos notícias...enquanto dançam, foliam, cantam, "na palma" corre. D e va gar z i nh o, no seu tempo. Lutando contra o tempo. Os entreveiros. Pra não escorrer pelas palmas. Das mãos!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

vontade de também dançar...

Ensaio à noite. Palco do Teatro Fernanda Montenegro. Numa das quinhentas e algumas poltronas, o fotógrafo indicado por Caio. Meses atrás, Caio repassara contato de um fotógrafo chamado Rodolfo para João. Ligações. Reunião marcada. Visita cumprida. Um breve bate-papo e a descoberta de que o Rodolfo não era fotógrafo, mas dono de uma loja de informática. Contatos trocados. Confusões engraçadas que sempre acontecem. Caio toma ciência da peripécia e repassa contato do Rodolfo fotógrafo. E ontem, o verdadeiro e esperado Rodolfo chega ao NA PALMA DOS OLHOS para uma prosa rápida, porque tinha outros compromissos. Se dispõe a espreitar parte do ensaio. Avisa ao João que sairia antes do término. Quando terminamos, ele ainda estava na platéia e João comentou: "Olha, foi a segunda pessoa que disse ficar 05 minutos e acabou assistindo, tudo, heim? E aí, o que você achou?". "Show de bola! Dá até vontade de sair dançando também. É, dá vontade de dançar", respondeu Rodolfo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

uma cidade revelada através da dança


...é o que o saudoso Flávio Herculano intitula nas suas impressões sobre as impressões dos forasteiros. Flávio é aquele amigo do nosso amigo que da gente se fez amigo. Discreto, comedido, culto. Aquele tipo de pessoa rara que frequenta a Trupe do Butequim e te convida para "papear reuniões" na sua casa. E na casa dele, estivemos eu, Carol e João ano passado ainda. Acompanhados de Cláudio de Moraes. Amante das artes, Flávio se demonstrou eclético. E se revelou, através das músicas que rolavam enquanto o papo acontecia, admirador de Consuelo de Paula, uma grande artista amiga também de um grande artista amigo meu, o minerim Luiz Salgado. E o mundo se converge. Nalgum lugar, as pessoas se encontram e reencontram através de amigos comuns. E Flávio veio através de Cláudio, que conheci em Taquaruçu através de Márcio. E Cláudio conheceu João que eu já conhecia. E entrou na "Palmas". Eis trechso dos escritos fresquinhos e publicados por Flávio no sítio overmundo:

"Uma cidade revelada através da dança

Os artistas estão sempre ocupados com os costumes da sociedade; quando não é em transgredi-los é em registrá-los em suas produções. Nesse sentido, quatro artistas tomaram para si o desafio de identificar a identidade cultural da cidade de Palmas, sede administrativa do Tocantins e a mais jovem capital do país, com 20 anos de fundação. E a tarefa não foi só de identificar a identidade do lugar, mas registrá-la através da linguagem subjetiva da dança, no espetáculo “Na Palma dos Olhos”, que tem temporada de estreia confirmada para março.

Esta missão, de utilizar a visão uma atenta, peculiar de quem faz arte, para capturar os costumes da nova cidade surgiu sem grandes pretensões. Recém chegados a Palmas no início de 2009, em busca de oportunidades – como todo a população que migrou para lá – estes artistas costumavam se reunir para conversar nos finais de expediente. A troca de impressões sobre a nova cidade de morada era inevitável e eles logo perceberam que isso poderia render um bom espetáculo.

Então montaram o grupo de dança “Tresmaria” e tocaram o barco pra frente. Após meses de reuniões para montagem do roteiro e ensaios, “Na Palma dos Olhos” está afinadinha, quase pronta para ser descortinada diante do público.

Evolução
Dos primeiros ensaios até agora, longos meses se passaram. Porém os integrantes do grupo “Tresmaria” foram rigorosos em manter no roteiro apenas as primeiras impressões de quando chegaram ao Tocantins. Isso, de modo a preservar o olhar atento e curioso que só os recém-chegados têm quando se deparam com uma nova realidade.

Assim, “Na Palma dos Olhos” promete revelar aos moradores de Palmas detalhes do seu cotidiano que eles sequer conseguem enxergar. É um olhar sobre o clima, a cultura, o trânsito, a religiosidade e muitos outros aspectos que formam a identidade cultural dos palmenses e tocantinenses. O espetáculo, lógico, estreia na cidade de Palmas.

Para viabilizar a concepção artística do espetáculo, o ideal seria ir além da dança, unindo também aspectos da linguagem teatral à montagem. É o que está sendo feito, até pela formação do grupo Tresmaria, que reúne dançarinos e atores em seu elenco."

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

um outro ritmo

Semana que se inicia. Datas no calendário que acusam restarem poucos... Dias. Para o início. Fim. Dos ensaios. Novo ciclo. Semana que se inicia para Carol em sala de aula. Retorno às aulas. João e Brenno, a segunda. Semana. Eu aguardo. A primeira. O "re-início". Em Taquaruçu Grande. Escola do Campo. E os 15 dias de 'jornada integral' são o suficiente para mexer e remexer na defesa orgânica dos dois varões. Hoje, ensaio apenas com as mulheres. João extremamente gripado. Brenno em repouso. Atestado médico. E tudo de hoje começa com prova. De figurino. Definições de peças. E o diretor espirra nas sacolas de roupas. Participa das marcações de cena a arrematar sua obra. A argamassa que se molda. Obra em construção. Constante! E Caio assiste ao ensaio. Brenno sentado na platéia. Cena final. E o texto é repassado. Ritual religioso. E as velas ainda não "alumeiam". Mas tem que alumiar antes da música acabar. Uma aquietação permeia. Prenúncio de concentração. Reunião prévia da produção. Brettas instrui sobre impressão. De ingressos. E o vídeo no youtube é lançado. (http://www.youtube.com/watch?v=FxBcCUXb1dc) . Bem aceito! E idéias surgem. Valorização dos equipamentos culturais. Um roteiro a seguir. O renovar. Num outro ritmo...Diferente! para o outro mês. Caminhando para o outro. Espetáculo! E tudo termina com chuva mansa que refresca. Apazigua. A noite, madrugada...para ritmar o amanhecer. Do terceiro. Dia!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

o mercado central...




..de Palmas, pra mim, é a Feira da 304 Sul. E hoje é o dia! Comidas típicas dos diversos cantos do país. Frutas, verduras, condimentos, artesanato. Variados. Ritmos. Faces muitas. Chambari, pastel, quiabo e frango caipira, buchada de bode, tapioca, pamonha, paçoca. Suco de cupuaçu, chop, cerveja, açaí. Caldo de cana, de feijão, de abóbora, canjinquinha. Cereja, côco macaúba, coentro, cebolinha, pêssego, laranja. Farinha, pimenta, grãos. Trama de crochê, capim dourado, couro. E pessoas de todas as classes sociais perambulam pelo lugar. Crianças, jovens, adultos.Ás terças e sextas-feiras. E uma nordestina, sabe bem vender a tapioca. O faz com maestria. E a tapioca de rúcula e tomate, enche d'água a boca só de o cérebro pensar. Um bom atendimento agregado ao produto. Diversidade cultural. No centro do país, a junção dos povos. Brasil! Até me encontro na "LN Tortas e Pastéis". Enquanto a feira cantarola a alegria e diversão num formato de formigueiro humano, as demais feiras do "brasil varonil" divertem a população. Comida, bebida, música.E os "muito poucos" equipamentos culturais permanecem a duras penas. Revendo o orçamento em regime de conta-gotas, porque não tem programação e público o suficiente para a sua mantença. Ora, os códigos ainda não foram digeridos pela platéia ao ponto de ela ter/criar o hábito de consumir "cultura" (teatro, dança, cinema, música). Torna-se mais em conta gastar o dinheiro reservado para se divertir na feira, no bar, na praia. É barato pagar por noite R$12,00 por 03 cervejas + R$6,00 por 02 espetinhos. É um roubo investir R$10,00 num ingresso. E assim, os teatros que não são bancados por grandes empresas se transformam em verdadeiros mausoléus. Abrigam insetos, pernilongos, traças, cupins. Cheiram a mofo! a aguardarem as luzes das ribaltas ascenderam quando chegam aos palcos, as estrelas do globo. Terrestre.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

arte viva, viva arte!

"Arte viva, marca da presença do homem na Terra, o teatro vive um constante movimento de fluxos e refluxos. Na verdade, a História com h maiúsculo é feita de períodos de tensionamento de conflitos, de crise e consequente efervescência criativa, alternados por outros de acomodação. Pelo menos é assim que aprendemos a vida em sua superfície. Claro que o aparente marasmo prepara a futura turbulência" BETH NËSPOLI

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

e os cubos começam a girar...

...enquanto discutem sobre a aprovação da Nova Lei da Cultura e divulgam os prós e contras. E as caixas de papelão vão servindo de alicerce para a estrutura que se idealiza, diferente de acrílico. O fim do mecenato! Discussão que há meses rumina em torno da Lei Rouanet sem se lembrarem que ela, é apenas um instrumento de incentivo fiscal, estimulando à cultura. Julgam a "Sra. Rouanet" como se fosse a única responsável por todas as falhas ocorridas no Brasil em termos culturais. E não reavaliam de fato, a sua atuação, o legado cumprido para o fomento às artes. E a dinâmica artística vai sendo racionalizada. Por Alone e Miranda! E os ensaios são permeados por risos, daqueles que um olhar já basta pra externar o pensamento. Risos de alegria, de bons modos e educação, tolerância...de aflição para quem vivencia os dias dos "furos" e o bom humor é a única ferramenta para aliviar. Sorrir para a sorte abrir, já dizia Maria de Oliveira, minha mãe. Mas não riem, em absoluto, do Papa Bento XVI que também não fica pra trás do avanço tecnológico e reconhece nas novas mídias, o instrumento para a propagação do evangelho. Sugere aos padres a criação de blogs para um estreitamento da "fé" com os "jovens". A resposta das mudanças culturais de hoje, disse ele. Não sei se ele também está no orkut, mas no Facebook, se encontra desde ano passado. Mas rogo para que a informática e os anjos virtuais permitam-nos comunicar com a platéia. Que ela cresça! No poder da dignidade humana, da fortaleza das artes, da alteridade, do reconhecimento da cultura enquanto elemento transformador. E que a todos, a labuta seja recompensada. Que consigam pagar suas contas, trabalhando naquilo que gostam de fazer e tenham talento.. Porque os cubos terão faces coloridas. Reiventados! Do imaginário coletivo. Não serão estáticos. Tal qual a humanidade, vivenciam momentos quentes e frios. Igual aos homens, ficam rubro de alegria ou de raiva, buscando sempre e sempre o ponto de equilíbrio, o maior desafio dos tempos - a neutralidade. E à medida que os cubos de papelão giram, novos projetos surgem.Também de lei para a educação. Dessa vez, Cristovao Buarque propõe o cinema brasileiro nas escolas. idéia louvável se atingir a quebra de códigos. Acesso a bens culturais...enquantos símbolos. Não só de "pão e circo" o homem viverá, mas de toda a "a palavra" que desperta e constrói. Posicionamento crítico, auto-crítica e análise, a possibilidade de escolhas, o enxergar para além dos olhos. A coragem de quebrar a casca do ovo. A quebra de paradigma que é crucial para a formação humana. Processos! Que os véus caiam... desde a infância. E nesse "entremeio", um mapa se espera. Para o espetáculo. Do palco e da vida. Na véspera da véspera... o girar dos cubos, o aprimoramento das cenas, o refazimento das vestes, a re-escolha das cores, a limpeza dos ruídos, a renegociação... E os cubos se formam e se transformam. Movem. Diversas faces. Elementos cênicos para os palcos. Feitos por (((alone))) a estarem nas mãos de um círculo quadrado - dupla face da dança e do teatro na palmatória de um novo olhar sobre a sociedade...corpos que se comunicam num chão bruto e gestam uma linguagem. Encontro. Percorrendo caminho sob a "força-mãe" da abençoada Guadalupe que nos acalenta pelo simples fato de estar perto. E ser mãe! Da Carol que nos divide o seu colo. E Guadalupe, parte dessa parte da história, acompanha de perto aos ensaios. Garimpa adereços e os coloca nas mãos de João. E faz com que tudo aconteça na hora exata. E ao término do que ela assiste, manifesta sua emoção, dizendo que algo remete às Montanhas Gerais. E enquanto os cubos se preparam para "aluminar", a vida segue naquele aconchego de quem regava vaso no quintal... tudo é simplicidade, despojamento de quem fecha os olhos e se entrega pra morrer feliz (Roberto Drummond)