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Conversas, cotidiano, artes, fazedors de artes, cultura, cidadania, são temáticas imbricadas no nosso caminhar e, por isso, passarão por aqui. Aberto a contribuição de todas as pessoas sintonizadas conosco... sejam bem-vindos!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

sol

E cá no Norte, Diego Molina! O início de SOL NOS OLHOS...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

acontece, mas poucos gatos pingados vão...

Chegando em casa ontem depois do trabalho, Rodolfo Ward me convidou para participar de uma das programações da UNITINS - Cinema & Literatura. O filme escolhido, "Grande Sertão: Veredas", dirigido pelos irmãos Geraldo e Renato Pereira, baseado no livro de Guimarães Rosa. Em menos de meia hora já estava eu de banho tomado e dentro do auditório. Abertura. Apresentação do professor Roberto Amaral que, após a exibição faria a análise da obra. Na platéia, não mais que 12 pessoas, incluíndo organizadores e técnicos. "Angústia da influência", expressão até então por mim desconhecida. O norte para a análise do filme, por Amaral. O filme, seu objeto de estudo desde a época de seu doutorado. Foi muito bom saber e participar de tal iniciativa. Um convite à comunidade para o encontro e trocas. Pena! não esteve comunidade...mas as cadeiras vazias, as 168 cadeiras vazias se ouvissem e pudessem externar algum pensamento, certamente agradeceriam ao professor por mais um despertar. A valorização das "fontes bebidas", o "suporte" para as criações. A busca dos artistas pósteros para estar "lado-a-lado" daqueles que se consagraram. As recriações. Amaral perpassou por Shakeaspeare, Freud para "clarear" o que é a angústia da influência. Saí de lá, com ânimo bom. Oxigênio no cérebro. Vontade de que tal acontecimento repetisse, com a mesma leveza, clareza, diálogo e com mais participantes. Num dos corredores da Faculdade, a exposição de obras de Rodolfo. Belíssimas fotografias de flores tropicais. Do Tocantins. Fomos até sua sala de trabalho. Na mesa, um envelope aberto. Fotografias. Olhos indígenas que me chamou atenção e pedi para ver. Eram registros de Edgar Morin conhecendo Tocantins no ano passado, expressando sua alegria de estar num outro chão. Registros feitos por Rodolfo. E o pequeno-grande fotógrafo, apesar da pouca idade, tem registrado na memória e nas "lentes" importantes acontecimentos da terrinha. E ele, chegou em Palmas, numa época em que a avenida JK era de terra. Nada de asfalto. Na sua casa, a decoração, eram cobras, aranhas "enlatadas" e postas para apreciação. Besouros enormes que ele adorava colecionar. E no entorno do Palacinho, cinco casas levantadas. Numa, a que ele morava. O menino que respirou do começo de um tempo. O "ser-tão" que já não era mais "só" verde, azul, alaranjado, começava a ficar "cinza". Concreto e cimento. Num momento em que poucos gatos pingados aqui estavam. "Quinem" no auditório que ontem, apresentava o maravilhoso Grande Sertão. Veredas....E aguardo o domingo próximo, para participar no SESC-Palmas do "Diálogo entre Literatura e Teatro". E torço para que pinguem mais gatos e a troca de conhecimentos se torne mais "Tão Grande", para o "ser".