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Conversas, cotidiano, artes, fazedors de artes, cultura, cidadania, são temáticas imbricadas no nosso caminhar e, por isso, passarão por aqui. Aberto a contribuição de todas as pessoas sintonizadas conosco... sejam bem-vindos!

sábado, 15 de maio de 2010

dois meses depois...

...NA PALMA DOS OLHOS fez parte da programação das comemorações da "maioridade" de Palmas-TO. E anteontem foi apresentado no Theatro Fernanda Montenegro. Com entrada franca, a aniversariante presenteia à cidade apresentações de dança, teatro, música, exposição de artes plásticas, dentre outras atividades. A quinta apresentação do espetáculo! na quinta-feira, 13 de maio. Chegada a hora. O teatro vazio, considerando que o espaço comporta média de 500 pessoas. "Das todas as vezes" que estive naquela platéia assistindo apresentações de artistas de fora, a platéia sempre lotada.Por certo, as pessoas tinham algo mais interessante para fazer em plena noite de quinta-feira,13 de maio.Quando da estréia, Pierre Freitas e Cícero Belém não puderam assistir porque participavam da Conferência Nacional de Cultural. Mas na quinta, compuseram a platéia.

Muitos risos, durante a apresentação. Dentre todos as apresentações, foi a primeira que houve "interação" entre atores e platéia, ao ponto de haver improvisações. Isso aconteceu na cena da diversão, quando o João pegou a lata de cerveja deixada por Brenno e Carol, bebeu e arrotou de propósito para aumentar os risos da platéia. E isso foi muito bom! Um carinho e uma satisfação do público. Testemunho do encontro!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

e a experiência do viver coletivo, cadê?

"(...)fazendo uma ponte com o teatro, que é uma das grandes formas da manifestação cultural, cito Walter Benjamin, que reflete sobre o Teatro Narrativo e a partir desse ponto podemos extrapolar para todo o universo cultural, e entender um pouco mais esse papel da cultura nas sociedades.

“No interior de um corpo social, estabelece-se um imaginário comum de mitos, crenças, histórias e memórias que vão sendo transmitidas das experiências individuais para o repertório coletivo. Cabe ao artista/narrador perceber, espelhar e criar novas imagens, histórias e crenças que vão integrar o imaginário de sua época.”(Trecho de “O Narrdor” de W.Benjamin)

Acompanhando o pensamento de Walter Benjamin em seu ensaio “O Narrador”, vemos que o processo histórico levou as sociedades contemporâneas a um distanciamento da experiência do viver em coletivo, da noção de corpo social. Acarretando um individualismo exacerbado que acabou empobrecendo o fazer teatral e a sua via de comunicação com o público. O reflexo a esse individualismo crescente no Teatro é o seu afastamento cada vez maior de um Teatro Épico/Narrativo, que discorra sobre personagens e situações que dizem respeito a um coletivo, se tornando um Teatro Melodramático trabalhado sobre questões que dizem respeito a trajetórias individuais.
Partindo do princípio que o Teatro é sempre uma experiência coletiva de identificação e reflexão de uma sociedade a respeito de si mesma, uma sociedade individualista produz um Teatro distante da sua função primeira, de: Espelhamento > Reflexão > Transformação Coletivo Social.

Compartilhando ainda do pensamento de Walter Benjamin, a Narração (e a cultura no seu âmbito geral) é uma das grandes formas de se transmitir o conhecimento e dividir uma experiência. E através da transmissão de conhecimento e sabedoria dos Narradores (e da cultura), que uma sociedade passa a se conhecer, se fortalecer, criar uma memória e uma identidade." (PEDRO BERTI em comentário ao texto Política e Cultura, de Erlon José Paschoal)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

invento

"Ser (...) sem duras portas que durem:
o vento vem
leve
o vento vem
alegre
e o vento vence."

(Fabio Rocha do livro COMEÇO NO FIM)