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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

e os cubos começam a girar...

...enquanto discutem sobre a aprovação da Nova Lei da Cultura e divulgam os prós e contras. E as caixas de papelão vão servindo de alicerce para a estrutura que se idealiza, diferente de acrílico. O fim do mecenato! Discussão que há meses rumina em torno da Lei Rouanet sem se lembrarem que ela, é apenas um instrumento de incentivo fiscal, estimulando à cultura. Julgam a "Sra. Rouanet" como se fosse a única responsável por todas as falhas ocorridas no Brasil em termos culturais. E não reavaliam de fato, a sua atuação, o legado cumprido para o fomento às artes. E a dinâmica artística vai sendo racionalizada. Por Alone e Miranda! E os ensaios são permeados por risos, daqueles que um olhar já basta pra externar o pensamento. Risos de alegria, de bons modos e educação, tolerância...de aflição para quem vivencia os dias dos "furos" e o bom humor é a única ferramenta para aliviar. Sorrir para a sorte abrir, já dizia Maria de Oliveira, minha mãe. Mas não riem, em absoluto, do Papa Bento XVI que também não fica pra trás do avanço tecnológico e reconhece nas novas mídias, o instrumento para a propagação do evangelho. Sugere aos padres a criação de blogs para um estreitamento da "fé" com os "jovens". A resposta das mudanças culturais de hoje, disse ele. Não sei se ele também está no orkut, mas no Facebook, se encontra desde ano passado. Mas rogo para que a informática e os anjos virtuais permitam-nos comunicar com a platéia. Que ela cresça! No poder da dignidade humana, da fortaleza das artes, da alteridade, do reconhecimento da cultura enquanto elemento transformador. E que a todos, a labuta seja recompensada. Que consigam pagar suas contas, trabalhando naquilo que gostam de fazer e tenham talento.. Porque os cubos terão faces coloridas. Reiventados! Do imaginário coletivo. Não serão estáticos. Tal qual a humanidade, vivenciam momentos quentes e frios. Igual aos homens, ficam rubro de alegria ou de raiva, buscando sempre e sempre o ponto de equilíbrio, o maior desafio dos tempos - a neutralidade. E à medida que os cubos de papelão giram, novos projetos surgem.Também de lei para a educação. Dessa vez, Cristovao Buarque propõe o cinema brasileiro nas escolas. idéia louvável se atingir a quebra de códigos. Acesso a bens culturais...enquantos símbolos. Não só de "pão e circo" o homem viverá, mas de toda a "a palavra" que desperta e constrói. Posicionamento crítico, auto-crítica e análise, a possibilidade de escolhas, o enxergar para além dos olhos. A coragem de quebrar a casca do ovo. A quebra de paradigma que é crucial para a formação humana. Processos! Que os véus caiam... desde a infância. E nesse "entremeio", um mapa se espera. Para o espetáculo. Do palco e da vida. Na véspera da véspera... o girar dos cubos, o aprimoramento das cenas, o refazimento das vestes, a re-escolha das cores, a limpeza dos ruídos, a renegociação... E os cubos se formam e se transformam. Movem. Diversas faces. Elementos cênicos para os palcos. Feitos por (((alone))) a estarem nas mãos de um círculo quadrado - dupla face da dança e do teatro na palmatória de um novo olhar sobre a sociedade...corpos que se comunicam num chão bruto e gestam uma linguagem. Encontro. Percorrendo caminho sob a "força-mãe" da abençoada Guadalupe que nos acalenta pelo simples fato de estar perto. E ser mãe! Da Carol que nos divide o seu colo. E Guadalupe, parte dessa parte da história, acompanha de perto aos ensaios. Garimpa adereços e os coloca nas mãos de João. E faz com que tudo aconteça na hora exata. E ao término do que ela assiste, manifesta sua emoção, dizendo que algo remete às Montanhas Gerais. E enquanto os cubos se preparam para "aluminar", a vida segue naquele aconchego de quem regava vaso no quintal... tudo é simplicidade, despojamento de quem fecha os olhos e se entrega pra morrer feliz (Roberto Drummond)

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